Minha Meta

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Da série: minhas consultas pré-cirurgia

Olá pessoal, minha vida está começando a dar uma guinada. Vou começar a trabalhar na segunda-feira, administrando uma clínica. Tenho que agradecer a Deus, por tudo.

Vou continuar relatando as minhas consultas. Sei que às vezes é chato ler tudo isso, mas considero que, segundo um dos meus objetivos, será de grande valia para as pessoas que quiserem fazer a cirurgia pela Promédica. E já que o meu plano de saúde me obriga (ou me dá a oportunidade - estou confusa ainda) a passar por muuuuitas consultas e palestras, considero que tenho a obrigação de descrever o processo passo-a-passo. São consultas com endocrinologista, psicóloga, nutricionista, fisioterapeuta e as palestras são dos grupos:

  1. GPEV (Gerenciamento de Peso e Estilo de Vida): 
  • Reunião 1 - Atividade Física / Fisioterapeuta
  • Reunião 2 - Definindo Metas e Motivação / Endocrinologista
  • Reunião 3 - Escolhendo os Alimentos / Nutricionista
  • Reunião 4 - Questões Psíquicas e Alimentação
     2. GPC (Grupo de Preparo para Cirurgia):
  • Reunião 1 - Tipos de Cirurgia / Endocrinologista
  • Reunião 2 - Alimentação antes da Cirurgia Bariátrica / Nutricionista
  • Reunião 3 - Questões Psicológicas Relacionadas à Cirurgia Bariátrica / Psicóloga
  • Reunião 4 - Medicações e Cirurgia Bariátrica / Endocrinologista
  • Reunião 5 - Alimentação após Cirurgia Bariátrica / Nutricionista
  • Reunião 6 - Papel da Família na Cirurgia Bariátrica / Psicóloga
Espero que possa ser útil para alguém.

Beijinhos.

domingo, 14 de agosto de 2011

Da série: Minhas consultas pré-cirurgia.

1ª Palestra 27/07/2011 - GPEV (Gerenciamento de Peso e Estilo de Vida)

Esqueci de comentar no post que falei sobre a 1ª consulta com a endocrinologista que ela me encaminhou para a Nutricionista, Psicóloga e para o GPEV. Estou achando que ela se enganou, eu espero que sim. Digo isso porque o GPEV é para pessoas que não foram encaminhadas para a cirurgia. A palestra que ela deveria ter me encaminhado é outra: a de preparação para a cirurgia. Estou um pouco chateada de não ter sido avisada sobre a outra palestra porque, no meu plano de saúde, para fazer a cirurgia, além de fazer todos os exames e ser acompanhada por endocrinologista, nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta, deve-se assistir à 6, isso mesmo 6 palestras que acontecem uma vez por mês. E advinha, eu perdi a primeira por não ter sido avisada. E só descobri porque uma colega que também fará a cirurgia me falou. Isso quer dizer que o tempo mínimo de espera para realizar a cirurgia é de 6 ou 7 meses. É mole?! Enquanto isso eu vou fazendo de tudo para não engordar mais. Do contrário, será difícil sair até para ir ao médico. Tofu!


Ah, sobre a palestra. O tema foi metas e a facilitadora do dia foi Dr.ª Regilene, endocrinologista. Basicamente falou sobre tudo o que eu já sabia em anos de tratamento contra a obesidade. Foi legal porque ela é engraçada e a iniciativa do plano de saúde Promédica é louvável. Acho que, aqui em Salvador, não existe outro plano que faça algo semelhante: agir para a prevenção. Próxima palestra: 10/08/2011.


1ª consulta 03/08/2011 - Psicóloga Dr.ª Aura


Estou arrependida! Ela só pediu para eu falar e eu falei demais. E chorei. Chorei muito, ela acabou descobrindo que tenho muitos traumas. E achou curioso o fato de ninguém ter sugerido que eu fizesse terapia após perder tantos bebês (para quem não leu a minha história desde o início, sofri 4 abortos antes de ter a minha filha). Tomara que isso tudo não me atrapalhe. Pediu que marcasse nova consulta para 30 dias. Próxima consulta: 06/09/2011.


1ª consulta 05/08/2011 - Ginecologista Dr. Luiz Carlos (sei que não tem relação com a cirurgia, mas vou relatar todos os médicos porque no nosso corpo tudo está interligado de alguma forma - é o que eu acho, tá?)


Sempre resisti em ter ginecologista do sexo masculino, e tenho que confessar que perdi tempo. Esse médico é muuuuuuuito atencioso e se coloca próximo do paciente. Fiz preventivo e ele passou uma ultrassonografia da mama que farei em 31/08/2011. Próxima consulta: 08/09/2011.


Exames 08/08/2011 - Ultrassonografia do abdômen total e tireóide.


Olha, a ultrasson da tireóide deu tudo ok e já era esperado. Mas a do abdômen, me assustou. Deu esteatose hepática e colelitíase (foi essa que me assustou). Em novembro do ano passado descobri que estava com pedras na vesícula. Elas eram pequenas e poucas. Fui a um cirurgião e quase fiz a cirurgia de retirada da vesícula,  a colecistectomia. Acabei não fazendo por diversos motivos, resultado: este último exame revelou uma vesícula lotada de pedras de todos os tamanhos. O pior é que já estou sentindo muitas dores. A indicação é que eu retire a vesícula durante a cirurgia bariátrica, mas tenho minhas dúvidas se aguentarei mais de 7 meses com essas dores. Entregarei os resultados à endocrinologista na consulta de 19/08/2011.


1ª consulta 09/08/2011 - Nutricionista Dr.ª Fernanda.


Ainda não vou fazer nenhum julgamento a respeito dela, vou esperar a próxima consulta. Ai ai, o que dizer de uma pessoa que manda você tomar leite e derivados desnatado, adoçante e comer pão, arroz e biscoito integrais. A lista foi enorme, tá? Mas o que pesou para mim foram esses aí. Sei que é para o meu bem e blá blá blá e já fiquei sabendo que a intenção é negociar na próxima consulta. Dizer o que conseguiu fazer e o que não conseguiu de maneira alguma. Vou transcrever as orientações e marcar o que consegui.

  • Mastigar bem os alimentos - Ok! (Sempre faço isso)
  • Realizar 5 a 6 refeições por dia
  • Leite e derivados desnatados
  • Evitar frituras e gorduras (preferir assado, grelhado e cozido) Ok!
  • Arroz, pães e biscoitos integrais
  • No almoço, apenas 1 carboidrato Ok!
  • Aumentar consumo de frutas e verduras - Ok!
  • Aumentar consumo hídrico
  • Incluir salmão, sardinha, atum e azeite de oliva extra virgem - Ok!
  • Café descafeinado
  • Uso de adoçante
  • Evitar caldo Knnor, Sazon, miojo, além de enlatados e embutidos - 80%
Ou seja, Nota 5,0.

Por hoje é só (kkkkkkkkk, eu escrevo feito uma louca).

Beijinhos e fiquem com Deus!

Ah! Esqueci.


Feliz Dias dos Pais para todos os papais do mundo e em especial para o meu marido que é um PAIZÃO MARAVILHOSO.
Jaiminho, papai de Maria Eduarda, te amo muito!

É complicado...

Pessoal, sei que estou sumida, mas estive sem vontade de postar mesmo. Durante esses doze dias que fiquei ausente apenas li vários blogs (sobre gastroplastia, é claro), comentei em alguns, e refleti muito sobre a minha atual situação.

Estou vivendo um dilema: ninguém na minha família apoia a minha cirurgia. Aliás, nem os amigos apoiam. Quando o apoio vem, ele só chega pela metade, e   olhe lá. Geralmente é assim: Não acho que você esteja tão gooorda assim a ponto de fazer uma cirurgia dessas tão complicada, mas se você quer... fazer o quê?! Eu realmente já estou decidida, mas custava ter o sincero apoio de, ao menos, UM.

Meu marido vivia dizendo que eu tinha que procurar ajuda médica. Gente, se o que eu fiz não foi procurar ajuda médica, eu não sei mais nada nessa vida. Assim como todas as minhas colegas gastroplastizadas ou candidatas, fui ao endocrinologista, fiz dietas, até tratamento com naturopata eu fiz (que é caríssimo), tomei todos os remédios para emagrecer existentes, fiz atividade física e, quando não tinha problemas ortopédicos eu emagreci. Só que depois da minha última gestação, tudo piorou. Tá bom, não era pra ir ao médico? Acabei trocando de endocrinologista, pois - acredite- já estava com vergonha de voltar ao meu médico. A mudança foi ótima, minha nova médica é maravilhosa. Ela me encaminhou para a Medicina Preventiva do plano e agora eu tenho consulta toda semana. Se você quer, tome. Quer, quer, tome, tome, tome! Brincadeira (rsrs). E são os médicos que dizem que eu preciso da cirurgia, e agora? Quer que eu faça mais o quê? Vá para a Nasa, ver se tem algum tratamento espacial para mim?! Estou revoltada e triste. E olha que tenho muita inteligência emocional para lidar com o meu marido. Mas, essa de hoje foi D+.

Amores, desculpa o desabafo. E desculpas se tem erros na escrita, mas é porque escrevi com a emoção à flor da pele.

Beijos e fiquem com Deus!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Minhas consultas pré - cirurgia

1ª Consulta: 15/07/2011 - Endocrinologista Dra. Aline


- Fez muitas perguntas sobre o meu processo de ganho de peso.
- Fez avaliação física e um monte de perguntas sobre pêlos, acnes e estrias na barriga.
- Concluiu receitando dois exames para verificar o nível de cortisol (sangue e urina), pois desconfiou que eu pudesse estar com a Síndrome de Cushing. (Se quiser saber mais sobre esta síndrome, clique no link: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?392 ).


Fiz os exames e segundo a minha leiga avaliação, acho que estão normais, logo, não tenho Síndrome de Cushing.


Na verdade não sei se isso é bom ou ruim, pois se eu tivesse essa doença não poderia fazer a cirurgia bariátrica, haveria um outro tratamento, e, provavelmente, eu emagreceria. Mas certeza mesmo só vou ter no dia do retorno com a endocrino.


Beijinhos! Até a próxima.





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Para completar a história...

Olá pessoal, hoje eu quero começar desejando um felicíssimo mês de agosto para todos nós. Que Deus abençoe às muitas colegas de blogs que vão fazer cirurgia neste mês. Digo a todas que já iniciei as minhas orações.

Como mencionei no post anterior, vou continuar a relatar como foi a minha decisão em relação à cirurgia bariátrica.

Há uns três anos uma prima minha esteve pensando em fazer a cirurgia, procurou o médico, marcou consulta, mas não foi. Me chamou até para ir com ela. Conversamos muito. Na época, lembro até que eu tinha muitas restrições quanto ao método de emagrecimento, até porque meu IMC estava longe do necessário para tal. Mas, também lembro que nunca a desanimei, pelo contrário, eu confiava na decisão dela (gente, ela é muuuuuuuuito inteligente, parece até médica, sabe detalhes do funcionamento do corpo que aff), pois ela já sabia quase tudo sobre a cirurgia. Ela desistiu, ficou com medo, ouviu muitas pessoas e desistiu. Até hoje, ela não quer saber.

Juro que eu não fiz nada para tirar a ideia da cabeça dela, mas que eu criticava essa cirurgia, ah eu criticava e muito. Achava um absurdo a pessoa precisar de um método tão radical para emagrecer. Continuo achando radical, mas já não acho absurdo. Afinal, estou precisando.

Conheço, pessoalmente, três pessoas que fizeram a cirurgia. E as três estão bem pra caramba. Apenas uma delas passou por um período de depressão, mas já está bem demais, se sentindo.

No post anterior, eu falei que tinha abordado o assunto com a minha endocrinologista, a Dra. Kaka ( meu marido começou a chamá-la assim porque o nome dela é alemão - Kerstin Kreling - e embola a língua demais na pronúncia rs). Ela me disse que eu tinha indicação sim devido às minhas comorbidades. Me deu uma ficha de encaminhamento para a Medicina Preventiva do meu plano, a Promédica, mais especificamente para o STOP - CB (Serviço de Tratamento para Obesidade da Promédica - Cirurgia Bariátrica), porque existe também o STOP- TC que é o Tratamento Clínico. Massa, não é? Só que o único problema é tudo integrado com o plano de saúde e não sei se isso é bom ou ruim. Só descobrirei mais tarde. Não sei se vai ser tudo mais rápido devido ao processo ser todo integrado, ou se será mais complicado, pois eles podem tentar tirar isso da minha cabeça de qualquer jeito.

Espero e confio em Deus que vou conseguir a minha cirurgia, a minha libertação.

Nos próximos posts contarei sobre a primeira consulta com a endocrinologista do plano, a primeira palestra do GPEV (Gerenciamento de Peso e Estilo de Vida), e o cronograma de consultas.


Beijinhos! 

sábado, 30 de julho de 2011

Como tudo começou.

Olá, esta é a minha história.

Meu nome é Liliane, tenho 27 anos, sou casada (o nome do meu marido é Jaime) e mãe de uma linda (e danada) menina, a Maria Eduarda de 3 anos. Sou estudante de Administração, me formo no próximo semestre: graças a Deus! (e se Ele quiser, claro).

Minha história com a gordura começou na cabeça dos outros. É isso mesmo. Quando pequena, com uns seis ou sete anos alguns tios ficavam me chamando de gorda, de cara de bolacha e de rolha de poço, mas quando olho as fotos vejo que nunca fui gorda até 19 ou 20 anos. Podia ter até um rosto redondo, mas não era gorda.

Eu tinha muito orgulho do meu corpo, tinha cinturinha, bundão e pernas grossas, sabe estilo Carla Perez (um pouco de exagero). Ih, bateu até uma melancolia agora, xô!

Meus verdadeiros problemas com a gordura começaram logo após perder minha segunda gestação. Por um problema que tenho chamado incompetência istmo-cervical, perdi quatro gestações antes ter minha filha, que só veio ao mundo porque fiz um procedimento conhecido como cerclagem (costura o colo do útero no início da gravidez). Aí foi a minha derrota: engravida - perde - fica internada  e deprimida - engorda. Este ciclo por quatro vezes, já viu né? Engordei muito.

Gente, estou resumindo muito. Porque não foi só isso que me fez engordar, é claro. Tive outras inúmeras frustrações. Me fechei no meu mundinho feio e sem graça atrás de quilos de gordura. Sei que deveria pensar diferente, que tenho um marido maravilhoso, consegui ter minha filha e ela é linda e saudável. Mas não é bem assim que as coisas funcionam no mundo dos mortais obesos e super sensíveis. 

Sensível! Essa palavra não podia faltar de jeito algum. Eu como boa pisciana que sou, cheia de conflitos internos e olhando todos os lados da situação, principalmente o negativo, não poderia estar de outra forma. Aliás, li em algum lugar que pisciano tem tendência à oscilação de peso. Ai ai ai!

Sim, resumindo: hoje encontro-me com quase 98 quilos distribuídos por 1,60m de mulher, ou seja, IMC 38,28, com pressão alta, insulina astronômica e hérnias de disco e dores insuportáveis no joelho que me impedem de fazer qualquer coisa por mim (será que é assim com todos os obesos?).

Minha situação atual:

  • Não brinco com minha filha do jeito que ela quer (sentar no chão e etc);
  • Não saio mais com o meu marido;
  • Não quero ir nem ao mercado.
  • Não sei como vou fazer, mas tenho que ir pra faculdade na próxima segunda-feira.
Como tomei a decisão? Simplesmente fui à minha endocrinologista, Dra Kerstin Kreling, e disse a ela o seguinte: Nunca achei que fosse dizer isso, mas acredito que a minha única saída é fazer a bariátrica. Achei que ela fosse me dar uma bronca, mas surpresa! Ela disse: não descarto não. Confesso que fiquei em choque.

Como este post está muito grande, vou abrir outro.


Beijos e muito prazer!